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Justiça determina reintegração de posse do lixão irregular em Tabocas do Brejo Velho

Decisão judicial atende pedido do município e autoriza entrada de caminhões de coleta; moradores e oposição contestam medida

Adamy Gianinni
Adamy Gianinni
Sou jornalista e escritor, com formação em mídias digitais e gestão pública, e atualmente me especializando em jornalismo tecnológico. Minha missão é analisar, com independência e...
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O juiz Régio Bezerra Tiba Xavier, da Comarca de Feira de Santana, deferiu, na tarde desta sexta-feira (8), liminar solicitada pelo Município de Tabocas do Brejo Velho e autorizou a reintegração de posse do lixão localizado no povoado onde funciona um aterro sanitário irregular.

Desde 31 de janeiro, moradores da comunidade impedem a entrada dos caminhões de coleta de lixo. Eles alegam que o espaço é ilegal por não possuir licenciamento ambiental.

Na decisão, o magistrado argumenta que não há outro local adequado para descarte dos resíduos da cidade e que o lixo já se acumula nas ruas do município. Também reconhece indícios de problema ambiental no local e intimou o Ministério Público da Bahia (MP-BA) a se manifestar no prazo de cinco dias.

Acusações e defesa

No pedido de liminar, a Prefeitura acusa o vereador de oposição José Walter Dias da Costa (PT) de ser o articulador das manifestações e de tentar impedir a entrada dos caminhões.

Procurado por este blog, o parlamentar negou ser o responsável pelo movimento. Disse ter acionado advogados para cuidar do caso e afirmou que a iniciativa é popular. “Isso não passa de perseguição política”, declarou.

Antônio Lopes dos Reis, um dos manifestantes, reforçou a este blog que o ato é comunitário. “Estamos nessa luta há anos e não vamos desistir fácil”, disse.

Histórico e impasse jurídico

Documentos obtidos por este blog em reportagem anterior comprovam que o aterro é irregular e opera sem licença ambiental. O Município já acumula multas superiores a R$ 2 milhões, ajuizadas pelo MP-BA. O processo, porém, está parado no Fórum da Comarca de Serra Dourada.

Os manifestantes informaram que pretendem recorrer da decisão.

Até a publicação desta reportagem, o Ministério Público não havia se manifestado.


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Sou jornalista e escritor, com formação em mídias digitais e gestão pública, e atualmente me especializando em jornalismo tecnológico. Minha missão é analisar, com independência e rigor, como política, tecnologia e mídia moldam a sociedade contemporânea — sempre com transparência, senso crítico e compromisso com a informação de qualidade.